Debaixo dos Panos
Ainda que eu ande pelo vale das sombras da morte,
não temerei mal algum.
Ainda que eu fale as línguas dos homens, dos anjos,
sem amor nada sou.
O meu pé está firme em terreno plano,
aguardo para ver o que me espera debaixo dos panos.
Em certos momentos na vida
variados caminhos irão se abrir,
e cabe ao pensamento ouvir o que vem de dentro
e então decidir.
O que move o mundo são as decisões,
subir os degraus até o final da escada
pra não se tornar estrela apagada.
E tudo passa, restam as fotos amareladas,
velhas tão velhas marcadas por belas histórias;
e na longa viagem que o barco vai,
duras tempestades e doces furacões.
E que a Palavra e a sabedoria
voem com o vento mundo afora,
e que as pessoas não deixem pra viver depois
pois só existe o agora.
Música: Debaixo dos panos
Autor: Kelvin Alves