(O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E sem poncho ninguém sai)
E é por isso que o campeiro se agasalha
Porque sabe que não falha a previsão de vaqueano
Mesmo aragano sabe que é dura a peleia
Quando a tempito ao enfeia pro lado dos cantelhanos
Isso é costume da gente lá da fronteira
Gente boa sem fronteira que observa a natureza
É sutileza do peão e está provado
Se armando pra aquele lado chove chuva com certeza
A vida é um tempo temporal vento maleva
E a vida que a gente leva, leva o tempo pela mão
Meu bom patrão que alegria se eu previsse
Que a chuva do amor caísse nos ranchos do meu rincão