Ela me disse que esse corpo é casa
De uma das almas mais bonitas que ela já conheceu
E eu tento olhar pra bem dentro de mim
Cada vez que meu sentido falha
A tal da força que tenho nos braços
E nessas pernas que, se eu corro, me puxam pra trás
Vai se diluir cada vez que eu entrar
Nessas ondas que o vento forma
Vê, você, como é o mar
Diz que acalma só de olhar de longe
Embala o corpo sem querer
Mas não hesita se quiser te levar
A tal da sutileza que me envolve
Se perde em meio a tantos olhos que só querem me usar
E o medo vem de um discuido não meu
Mas, há quem diga que a culpa é minha
Você não vê como é andar
Seja à noite ou em plena luz do dia
Pedindo pra sobreviver
A qualquer força que te custa acreditar
Enquanto desce a rua
"Perigoso" é o aviso de sempre
Se for preciso te socorrer
Vão dizer que ali, naquela hora, é melhor você não passar
Cuidado não devia ser minha obrigação.