Chão da praça
Olhos negros cruéis, tentadores
Das multidões semcantor
Olhos negros cruéis, tentadores
Das multidões sem cantor
Meu amor quem ficou
Nessa dança meu amor, tem pé na dança
Nossa dor meu amor
É que balança nossa dor, o chão da praça
Vê que já detonou som na praça
Porque já todo pranto rolou
Olhos negros cruéis, tentadores
Das multidões sem cantor
Olhos negros cruéis, tentadores
Das multidões sem cantor
Eu era menino, menino
Um beduíno com ouvido de mercador
Lá no oriente tem gente
Com olhar de lança na dança do meu amor
Tem que dançar a dança
Que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô
Tem que dançar a dança
Que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô
Bloco do prazer
Pra libertar meu coração
Eu quero muito mais
Que o som da marcha lenta
Eu quero um novo balancê
O bloco do prazer
Que a multidão comenta
Não quero oito nem oitenta
Eu quero o bloco do prazer
E quem não vai querer?
Mamãe mamãe eu quero sim
Quero ser mandarim
Cheirando gasolina
Na fina flor do meu jardim
Assim como o carmim
Da boca das meninas
Que a vida arrasa e contamina
O gás que embala o balancê
Vem, meu amor feito louca
Que a vida tá pouca
E eu quero muito mais
Mais, que essa dor que arrebenta
A paixão violenta
Oitenta carnavais