Foi no outeiro da Graça
Na esquina de ver o mar,
Quanta é tristeza, desgraça
Que finge alegria e passa.
Pelas ruas a cantar,
Pelas ruas a cantar.
Foi no outeiro da Ajuda,
Na esquina de ver o Tejo.
Quem é triste não se iluda,
Que essa tristeza não muda.
Mesmo que mude o desejo
Mesmo que mude o desejo.
Foi no outeiro do céu,
A olhar o mar e o rio.
Que uma noite aconteceu
Que um sonho que era só meu
Passou por mim, mas perdi-o
Passou por mim, mas perdi-o