Quando pensa que é mar torna rio
Lambe o leito que amanhece frio
Vira tudo da água pro vinho
Quarto vazio enfeitado de ar
Forja as margens e o que mais vier
Gira os sonhos e a ponta do pé
No colo da pedra
No templo do tempo
O que encaracola é concha ou é mar
A trama da colcha
A língua na teia
Na alcova do corpo
A taça do vento
Corre o rio qual sangue na veia
Rasga as vias do leito,
Incendeia