[ Featuring Lucas Aräya ]
É madrugada
É madrugada
É madrugada
É madrugada, sempre o mesmo
O vento sopra as folhas secas
Numa linda canção
Eu tomo meu remédio, ligo o rádio
Nada de bom está pra acontecer
O mundo vai ficando mais podre
O mundo vai apodrecendo
Cada vez mais
Isso não importa, a vida é um circo
Onde todos queremos nos apresentar
Como atração principal
E as vezes esquecemos, que o palhaço
Embora alegre no picadeiro
Esconde seus restos mortais, e sentimentais
Nas inúmeras camadas
De base e maquiagem
Perdemos o senso do ridículo, meu amor
Mas estou aqui sempre pra te contar
O que a vida traz mais de pior
Envolve letras, casos rasos
Informações bombardeadas
Pra dentro de nós
E sobe mais um vez
E sobe mais uma vez
As cortinas
Para nossa feia e última apresentação
Feia e última apresentação
Esconda-se da luz
Descubra seus pontos fracos
Desencadeie entre nós
Nós somos tolos e fracos
Humanos tolos e fracos
Humanos e meros mortais
Sem alma e perdidos no tempo
Vagando na noite
Cheirando a bebida forte
Aquela que só custa 2 reais
Que me faz subir
Que me faz entender
Qual a razão de tanto ódio?
Qual a razão de tanto amor?
Nesse mundo tão vasto
E com pouca opção
E segue assim vivendo
Eternamente raso
Com feridas abertas
Cobertas por falsos sorrisos
Dentes brancos e exuberantes
Que escondem uma tremenda dor
E se por acaso precisar
Entender o que passa na tua cabeça
Junte-se a mim
Não entenda porra nenhuma
Esqueça o que há de pior
Me ajude a compor, versos como esses
Acompanhados só por dois acordes
Acompanhados só por dois acordes
E é só
E é só