Facção carinhosa, ei, ei
Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Eu não gosto, eu não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores, banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto mesmo é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Eu não gosto, eu não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo a rebeldia
Eu respeito tiranias
Compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Não condeno vaidades
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Não, não, não, não
Não gosto dos bons modos
Não, não, não, não, não, não gosto
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem, dos que ardem
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem
Eu não gosto de bom modos
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de vaidade
Na real, não gosto de nada nessa porra
Eu não gosto de ter que gravar e repetir as coisas vinte vezes
Eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto, não
Eu não gosto, não
Eu não gosto
Eu não gosto
Eu não gosto, eu não gosto
Eu não gosto, eu não gosto, eu não gosto
Tanto que no fundo eu até gosto