Estamos aqui no tablado
Feito de ouro e prata
De filó de nylon
Eles querem salvar as glórias nacionais
As glórias nacionais, coitados
Ninguém me salva
Ninguém me engana
Eu sou alegre eu sou contente eu sou cigana
Eu sou terrível eu sou o samba
A voz do morto os pés do torto o cais do porto
A vez do louco a paz do mundo
Na glória
Na glória
Eu canto com o mundo que roda
Eu e o Paulinho da Viola
Viva o Paulinho da Viola
Eu canto com o mundo que roda
Mesmo do lado de fora
Mesmo que eu não cante agora
Ninguém me atende
Ninguém me chama
Mas ninguém me prende
Ninguém me engana
Eu sou valente eu sou o samba
A voz do morto atrás do muro
A vez de tudo
A paz do mundo
Na glória
Na glória
Na glória
Na glória
Na glória