Meu coração, que pranteias?
Não tenhas dó de ninguém...
Não queiras penas alheias,
Que as tuas chegam-te bem!...
Se fosses de gelo feito,
De mármore ou de granito,
Não galopavas aflito
pelas ruas do meu peito.
Nos artifícios das teias
Da triste melancolia;
Que fizeste da alegria,
Meu coração, que pranteias?
Quem pensa muito não tem
Horas tranquilas, serenas!
Penas! Não queiras mais penas
Que as tuas chegam-te bem!...