Certo que amar é sofrer
Tal qual a dor é ilusão
E que bem cabe um samba
Na alegria ou na solidão
Do que vale a lida, se a vida é curta e uma só
Entre os acertos e erros se aprende que tudo no fim vira pó
Se é mais um dia de luz
Que o tempo seja de paz
Se o sol lhe abrasa, então sinta o vento
Quanta poesia cabe no meu triste peito
Pra que negar o perdão de um olhar
Quando o mal pode enfim ser desfeito?
O que se leva da vida
É o que há de mais simples no ser
E a ingratidão é a réstia de mal
Que impede a alma de ver
Se for sem paixão,
Pra que se envolver?
Não há que chorar
Se não for por quem o merecer
Este coração, já cansado de se aventurar
Hoje bate tranquilo no tempo em que o céu lhe vier despertar.