Carone - Vivo 2 / Morra o R&b / Privilegiado Lyrics

Abençoado
A bênção dada a preço nem soado
Graças a Deus e ao Diabo
Eu sou privilegiado

Vê se entende a diferença léxica
Uns quererem ser vilão sendo Coringa e outros Lex Luthor

Sério? É a causa incêndio
Feliz em revê-lo
Reconheci os meus erros
Quando só restava eu mesmo
Rima tanto, certo?
Ouroboros me põe no centro
Entenda a diferença entre
Um gênio
É um ingênuo

A culpa da culpa da culpa
A culpa é da culpa da culpa
Desculpa, dez culpas
Desconcentrei sua a mente, Judas
Meu verso é um convite pra que me descubra
Cúmplice da culpa e a vergonha é quem te julga

Queria morar em cima
Dos meus problemas
Quiromancia
Faço em minhas linhas
Não vem dizer que eu não abro mão

Chega de falar de ice, poupe
No pescoço ice coube
Só falar de ice cube
Cena assassina, açougue

Ingrata a cada verso, sem sal nem sensata
O rap tá ficando uma madame branca velha e chata

É fato, que quem diz que existe racismo reverso
É o mesmo que comete racismo direto
Avisa pro Olavo, a minha Sprite é sem feto
O guru do presidente é um velho otario
Seu malvado predileto

Viva o R&b!
Yeah yeeah

Como se nada tudo fosse névoa
Faz frio aqui
Treino meu nado
Posseidon possesso
Essa eu não fiz pra ti

Essa aqui eu fiz pra mim
Essa eu não fiz por mim
Essa eu fiz por mim
E "sepa" que eu nem fiz...

O preço da carne
Queima minha córnea
Dói demais longe
Preço não foi pago
Eu sai de casa
Não me senti livre

E eu não me senti livre
Não me senti livre
Não me senti livre
Me senti livre

Meus pais se preocupam
Dizem que eu me aprisiono no fone de ouvido
Pior que isso é o que mais liberta
Eu libero formas de me sentir vivo
Distante demais do meu destino
Escrita escrota faz parte disso
A carreira não é mesma do resto da sala
Nem por isso eu sou menos filho

Fiz pra sentir o som, som, som
Pra virar canção, são, são
Isso aqui tem Soul, Soul, Soul, sou
O mesmo do início
Fiz pra sentir o som, som, som
Não sabia que era tão bom
Não faço parte do todo, então
Nunca mais eu desisto

Quem tá lá em cima, mano
Passa pano pra assédio
O problema dos brancos
É não reconhecer seus privilégios

Não devia ter me doado
Ouvir de você o que eu falo
A dor é muito bem mais sóbria
Quando cê se sente embriagado

Talvez por isso eu nem me esbaldo o preço caro
Outras bocas sempre falam
Soam repetitivo e chato

Faço algo novo
Sem soar novato
Dessa vez vou alto
Só pra mostrar que nivelaram por baixo