Na casa branca da serra
Onde eu ficava horas inteiras
Entre as esbeltas palmeiras
Ficaste calma e feliz
Tudo em meu peito me deste
Quando eu pisei na tua terra
Depois de mim te esqueceste
Quando eu deixei teu país.
Nunca te visse oh! formosa
Nunca contigo eu falasse
Antes nunca te encontrasse
Na minha vida enganosa
Por que não se abriu a terra?
Por que os céus não me puniram?
Quando os meus olhos te viram
Na casa branca da serra.
Embora tudo bendigo
Desta ditosa lembrança
Que sem me dar esperança
De unir-me ainda contigo
Bendigo a casa da serra
Bendigo as horas fagueiras
Bendigo aquelas palmeiras
Queridas, da tua terra.