Na galáxia das luzes da cidade
As formigas pavimentam seu destino
Vida prática a racionalidade
Divindade tão distante do divino
Um grão de areia acorrentado no deserto
Universo confinado em sua baia
Liberdade de um regime semi-aberto
Deu no peito um sentimento de cobaia
MAYA
O oceano inteiro pra morrer na praia Oh Maya!
Uma estrela rastejando pelo piso
Deus do olimpo encarcerado na colméia
Esse inferno apelidou de paraíso
A velha ovelha vira um lobo na alcatéia
Do teu braço veio o abraço amedrontado
Multilado nessa arena pelo pão
Um pagão pagando as contas e os pecados
A centelha se afogou na escuridão
MAYA
O oceano inteiro pra morrer na praia Oh Maya
O elefante só queria voar
Subiu no morro pra ficar tudo azul
Bateu a tromba já tentou decolar
A gravidade castigando mais um
MAYA
O oceano inteiro pra morrer na praia
Oh Maya!