EU to sem freio rodando na contramão
Eu to sem freio sem rumo sem direção
Eu to sem freio rodando na contramão
Eu to sem freio sem rumo sem direção
Eu sigo eu grito eu imito eu repito
Eu repito um grito o tumulto o conflito
A paz a Guerra a agua a terra
O homem que te ferra a voz que te berra
A luz o vulto o brilho oculto a prisão o indulto
A sombra a escuridão, os olhos do faminto a fome da multidão
A fartura do rico o silencio da canção
A dadiva do poeta poesia inspiração
Na corrida do dinheiro eu sou a falência
Na clareza das idéias eu trago a demência
No descanso da alma a calma o trauma
E quando você for tentar dizer que é o fim
Não haverá senão, um pouco de lucidez para mim