Fazenda Cacimba Nova
Foi bonito o teu passado
Ainda estás dando a prova
Pelo o que vê-se a teu lado
Um curral grande, pendido
Um carro velho, esquecido
Pelo sol todo encardido
Sentido, sem paradeiro
Falta de juntas de bois
Que lhe levavam de dois
Obedecendo ao carreiro
Resistente casarão
Em ti as festas rolavam
Quando os vaqueiros brincavam
Em corridas de mourão
Um touro velho berrando
No tronco do pau fungando
Os seus chifres amolando
Com o maior desespero
Um heroísmo tamanho
Em defesa do rebanho
Fazendo medo a vaqueiro
Quem te vê sai suspirando
Lamentando cada instante
Vendo o tempo devorando
O teu passado brilhante
Mas rogo a Deus para um dia
Reinar-te ainda alegria
Paz, sossego e harmonia
Voltando a felicidade
Que um sentimental vaqueiro
Passando no seu terreiro
Solte um aboio de saudade
E, e, e, o, e
E, boi