Flores que sobem porteiras levantam poeiras pra iluminar
Fadas e sonhos perdidos tempos esquecidos no sertão de cá.
Vivo sozinho sangrando mágoas que chorando consigo
Esconder, num céu claro de alegrias mundos fantasias
Guerras sem poder.
Ouço o suspiro na mata coração maltrata incerta paixão
E o alazão frente aberta sente a coberta do pasto na
Mão, desde a sua partida segui minha vida amado por
Ti, vento senti o coração e invadi o sertão onde eu te
Conheci.
Eu laçei o boi fumaça depois da pirraça que ele me
Fez, laço couro de novilha bateu na furquilha na
Guampa da réis, canário canta sozinho, ficou doentinho
Durmiu e morreu, pra mim cantar a tristeza e sentir a
Nobreza que o Senhor me deu.
Mais espero a sua volta eu tenho a escolta de anjos do
Bem, luas fadas e duendes escovas de dentes eu guardei
Também, me cobre de beijo e cheiro, boiada e mangueira
Sonhos de guri, cobre a terra de enxada e roça de Água
Pro sonho seguir.
Hoje na porta eu vi seu sorriso entrando pra me
Invadir, te joguei no chão da sala, caiu sua mala
Chora o Colibrí, duas Vidas Divididas estradas
Cumpridas que morrem aqui, Viola e Céu estrelado meu
Amor do lado para me cobrir.