Ela é preta
É negra da rima
Carrega seu corpo-estandarte aonde vai
Voz de reação
Chama pra ação
Ela é mulher e grita pelo que quer
Ela é mista
Índia da periferia
Carrega a revolução entre os dentes
A luta ainda não findou
E ela segue protegida
Tem sangue de dandara
Tem sangue de mairum
Tem sangue de n'zinga
Carolina, cora e pagu
Escreve historias nas linhas da lida
A sua luta tem suingue de mandinga
Ginga na canção marca geração
Seu corpo é luz e vence a escuridão
Seu riso branco vence qualquer demanda
Ela tem um olhar de flecha certeira
Seu canto é revolução
Faz água brotar do chão