Feito homem
Era sempre e tudo o mesmo
Agora já não mais
Como planta
Estou no inverno do tempo
E recebo a chuva que cai
Que apodrece as folhas mortas
Mas que faz subir a seiva para as vivas
Então sempre broto
Novas porções em mim afloram
Vicejam pelo meu corpo vegetal
Palmeira ainda tenra e esguia
Plantada pela carícia da tua mão
Sou filha da mãe da água
Sou ar e sou terra, sou fogo e mulher
Sou homem também