Deixa eu mostrar pros moleques como fazer uns raps chiques
Entre clacks e clicks, bumbos claps e kicks
Aperte o rec que eu quero gravar minhas tricks
Mas ao final das tracks é necessário fazer a mix
Pelos samples e skits, breaks e grafittis,
Não pelos convites vips e carrões nos vídeoclipes
Preste atenção na ideia e não se prenda só aos beats
Que eu nasci pra fazer clássicos e não pra fazer hits
O bagulho é louco mano feito o filme da matrix
Mas você não vai ver esse filme aqui passando lá no netflix
Retrato a verdade como black alien, speed freaks
Pesado tipo dexter o oitavo anjo do apocalipse
Às vezes sou da paz como os monges e os hippies
Outras vezes uso a força de asterix e obelix
Bloods e crips, hip hop é a blitz
Seja você do bloco do bronx ou de um país do bloco do brics
Dizem que a brisa é que trás uma brasa ao topo
Sempre a espera do sopro, pronta pra poder brotar
E não tem, bombeiro que apaga
Não tem dinheiro que paga
É o que é e ninguém vai mudar
Isso não é filme da fox nem jogo de Xbox
É o Brazza na batida, na capela ou beat box
Hip hop sem photoshop ou xerox
Um pouco do sabota pega e bota na levada do Nei Lopes
Sem pagar de gringo com a peita do Red Sox
As rimas se entrelaçam mais até que dread locks
Criadas por canetas, laptops, são headshots
Estourando os miolos como os vídeos do ted talks
Enviadas por fax? Não, por inbox
Infectam como anthrax, embrulhados em envelopes
Tentando fugir das atrocidades dos cops
Os mesmos que praticavam a tortura lá no dops
Nas baladas as dondocas com silicone e botox
Gente que se dopa que demora pra fazer detox
No fim da noite vejo vários lókis
Que até podiam ser Malcom X, mas acabam mal com óxi
Dizem que a brisa é que trás uma brasa ao topo
Sempre a espera do sopro, pronta pra poder brotar
E não tem, bombeiro que apaga
Não tem, dinheiro que paga
É o que é e ninguém vai mudar