Digo não
Não lhe devo nada e com razão
Até lhe agradeço os dias de prisão
Nesta cela que outros chamam de paixão
Que dói muito de lembrar da conclusão
De causar aos meus sentidos confusão
Mesmo assim ainda levanto
Mas sem ter chão
Mas disse sim
Não pareceu na hora tão ruim
Lábios doces e seu corpo contra mim
Misturando um cheiro doce de Jasmim
Ao que parecia um céu com querubins
Mascarando tudo que estava por vir
Sem cuidado fui cavando meu próprio fim
Tua palavra foi um prego
Tua voz foi um martelo
E hoje fico bem
Mas eu ainda bem me lembro do teu cheiro
E teu jeito de me olhar
Quando queria mais um beijo
Machucou, ficou marcado
E tudo em vão