APOCALIPSE DERRADEIRO
Letra e Música: Daniel Paulo Boff e Ricardo Fachinelli
Torpe e insaciável
Segue a sede que profana
Crua e imensurável
Devastando a toda criatura (des...)humana
Em ti
Bebo a chaga
Da morte incurável
Senti
Névoa densa intranspassável
E vi
A verdade neste caldo azedo
Mas sofri
Romântico exacerbado
Como Álvares de Azevedo
Será que estamos aprendendo
A escapar desse vício
Ou mergulhando nossa alma
Num histórico precipício?
Será que estamos aprendendo
A escapar desse vício
Ou mergulhando nossa alma
Num histórico precipício?
São tantos os profetas
Já está indicado o caminho
Surgiram Gandhi, Chico Mendes,
Sidarta, Kardec e Jesus Cristo!
Mas é tão doce o torpor!!!
(frase sussurrada e maquiavélica)
Despertar enquanto é cedo!
Apocalipse derradeiro
Deploráveis mentores
De coisa nenhuma
Manipuladores covardes
Da pobreza absoluta
Vão ver
A ímpia e irrefreada ganância do homem
E sofrer a fome e a miséria
Que a morte consome
Sangrar
Em batalhas e confrontos
Em que perdem a vida
E trilhar
O que disse João Cabral em Morte e Vida Severina
Será que estamos aprendendo
A escapar desse vício
Ou mergulhando nossa alma
Num histórico precipício?
Será que estamos aprendendo
A escapar desse vício
Ou mergulhando nossa alma
Num histórico precipício?
São tantos os profetas
Já está indicado o caminho
Surgiram Gandhi, Chico Mendes,
Sidarta, Kardec e Jesus Cristo!
Mas é tão doce o torpor!!!
(frase sussurrada e maquiavélica)
Despertar enquanto é cedo!
Apocalipse derradeiro
(Instrumental / Solo)
Não vou correr quando o sol cair!
Não vou clamar por perdão aqui!
Não estou pronto para enfrentar
O que há por vir
Sei que não há como fugir
Fugaz, é gélida a luz
Ou transpassante leveza do ser
Doravante abandono cruel
Acolhedor iminente prazer
Sacro costume do tênue poder
Ilusória visão do amanhã
Derrubados por frágil pendão
Soterrados ao amanhecer