Madrugada eu mateio meu amargo santo de um madrugador
Largo no perau da goela um mate pra ela a mais linda flor quase não me sobra tempo de matear juntito com quem me maneou
Pois fiz de lombo de potros minha moradia e ela não gostou
(ela longe lá na serra mais linda que a lua por entre os parrais
Eu solito na fronteira sempre na mangueira surrando baguais)
Volta e meia ela me avisa tô chegando cedo no primeiro trem
Faço bóia varro o rancho durmo com a cuscada e ela não vem
Já fiz um lote de planos de passear tropeando para te pegar
Trago esta flor na garupa morar neste biongo que eu chamo de lar
Pouca cousa tu farias pois me viro lindo desde que nasci
Até as flores do campo perderiam a graça com você aqui
Prometo que quase tudo daquilo que faço eu irei deixar
Só menos lombo de potros que é a garantia pra te sustentar
Quem sabe um dia ela venha alumiar as noites deste rancho meu
Te dou de papel passado este potro xucro que sempre foi teu