Deixa menina minha viola que todo canto que eu faço é teu,
se descombina eu vou-me embora
e não consola mais esse breu
A lua nasce tem tantos anos, quanto engano já doeu
o beija-flor em nossa janela buscando o doce que você deu
a samambaia está sempre bela, pelos cuidados que recebeu
Lá vem Cristina com seu passinho manso
Popoto contrariado, desafinando o "todo cuidado"
amam-se muito, mas não vai bem esse casamento
haja ungüento que cure a sorte
Estão num momento
em que a convivência já "tá "criando tanto "fandango"
mando e desmando, inoperando todo o encanto
Para Cristina o Popoto só toca viola, até dá bola, mas nenhuma no gol
- deixa Cristina de inventar caraminhola
chega de hora, se desenrola
falar de mim prá todo mundo - que bueiro!!!
não dá dinheiro, o teu amigo sou eu
Deixa menina minha viola que todo canto que eu faço é teu,
se descombina eu vou-me embora
e não consola mais esse breu
A lua nasce tem tantos anos, quanto engano já doeu
o beija-flor em nossa janela buscando o doce que você deu
a samambaia está sempre bela, pelos cuidados que recebeu
E assim Cristina foi conformando um pouco
Popoto, cabeceando, beijou o seu rostinho brincando
todo domingo escutam o "chorinho na feira"
e sem "brigueira" os seus carinhos foram voltando
De vez em quanto praticam uma briguinha de galo
e no intervalo o tempo vai marcando a folhinha
e assim a rinha não incomoda mais a vizinha
na vida deles ninguém mete a colher
Pára, Popoto, de "quizira", de "fiola"
de "rami-rami", de rasga bola
para nenhum é bom a vida que esfola
"erra de mim", "embora se violar"