Sou do tamanho do que vejo vou nos ombros do gigante tudo aquilo que almejo vôo e alcanço num instante
Alma livre no espaço só do mundo prisioneiro
Pra fugir me despedaço pra existir me faço inteiro
Sou quase imperceptível
A agulha no palheiro
A partícula invisível
O grão de areia no terreiro
Sou do tamanho de um desejo
Aquilo que não tem fundo
Quando não sou vilarejo
Fico bem maior que o mundo
Sou do tamanho que realça minha íntima arrogância
Minha verdade descalça minha insignificância
O universo que refaço é meu pequeno cativeiro
O fragmento de um pedaço a formiga e o formigueiro