O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
O aqui e agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
Cheguei ao mundo num final de primavera
Macunaíma não pensava em acordar
Engraçadinha ainda era uma quimera
Diadorim andava nu à beira mar.
E foi entre palavras e paixões
Entre os meus livros e os seus
Que eu encontrei o que eu chamo lar
E entre essas palavras e paixões,
Aprendi a falar com Deus,
Que ler um livro pode ser rezar!
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
A Sónia Braga dava vida à Gabriela
E Dona Flor tinha maridos a dobrar
As Macabéas sonhavam com sua hora da estrela
Em frente à Globo, bem na hora do jantar.
E foi entre novelas e paixões
Entre os meus filmes e os seus
Que eu encontrei o que eu chamo lar
E entre essas novelas e paixões,
Aprendi a falar com Deus,
Que ver um filme pode ser rezar!
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
Mas foi entre beijos e paixões
Entre os meus olhos e os seus
Que eu encontrei o que eu chamo lar
E entre esses beijinhos e paixões,
Aprendi a falar com Deus,
Roubar um beijo pode ser rezar!
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
A Rita Lee dizia ser má companhia
Enquanto Chico falava não sonho mais
E se Caymmi cantava o mar da Bahia
O de Ipanema era Vinicius de Moraes.
E foi entre sambas e paixões
Entre os meus discos e os seus
Que eu encontrei o que eu chamo lar
E entre esses sambinhas e paixões,
Aprendi a falar com Deus,
Fazer um samba pode ser rezar!
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim
O aqui e o agora o que existe em mim
O aqui e o agora o que não tem fim