Tudo bem
Como exercício de pose
admitamos que não está mal
Eu podia ser mais crítico
Mas não me apetece
Não quero ser original
Tudo bem
Se me perguntas porquê
Eu respondo que é igual
Sou um observador comum
com tendencia para o compromisso
Tenho visão bilateral
E ninguém me pode negar o prazer da tua companhia
Sou o teu amigo público
Número não sei quantos milhões e mais alguns mil
Sou teu fã de nascença,
em permanente sintonia
Sempre pronto para tudo
Do mais sublime, ao mais vil
Tudo bem
Aqui ninguém me conhece
Vou ser quem eu quiser
Vou seguir a minha pista,
abraçando o meu par
Fechar os olhos e ver
Tudo bem
Eu vejo alguém acordado
Vejo alguém a sonhar
Alguém voando na rua
Alguém andando no mar
E vejo alguém a duvidar
E ninguém me pode negar o prazer da tua companhia
Sou o teu amigo público
Número não sei quantos milhões e mais alguns mil
Sou teu fã de nascença,
em pemantente sintonia
Sempre pronto para tudo
Do mais sublime, ao mais vil
Tudo bem
A chama tem que existir
Faça chuva ou faça sol
Nas mais sinistras mentes
Nos corpos mais angelicais
Nas rendas do meu lençol
Tudo bem
Os morangos estão lá,
para quem os souber encontrar
Eternamente vermelhos,
despidos e sujos
Sem nada a declarar