"Nos eóns do tempo, quando o planeta ainda unia seus elementos
E separava jovens continentes
Emergia das profundezas do atlântico recente
Uma maravilha de arquipélago
E porque não considerarmos a hipótese de que
Cordilheiras, praias, rios e ilhas possuem consciência independente dotada de complexa
Cadeia de raciocínio, emoção, vibração e memória?
E se hoje, a própria ilha vier nos contar a sua história?"
Eu nasci quando a terra menina erguia montanhas de fundo do mar
Continentes inteiros e mil himalaias a se projetar
Deu vontade de ver tanta coisa surgindo do lado de cá
E emergi sobre as águas num rastro de lua que entrou pelo mar
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é seu
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu
Quando o medo do desconhecido calava os olhos sedentos de céu
Onde cartas e mapas celestes guiavam seus mastros no breu
Quando as sombras da idade média ofuscavam o nosso pensar
Quando ainda juravam que o mundo acabava no abismo de um mar
Ascendeu, ascendeu, ascendeu, ascendeu
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é seu
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu
Que saudade daquela menina no espelho das águas com brilho de sol
Hoje busco seu rosto na grande cidade em painéis de neon
Onde tantos se calam e afogam seus sonhos pra sobreviver
Sou mais um a vagar solitário buscando a mim mesmo em você
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Oh oh
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é seu
Acendeu, acendeu, acendeu, acendeu
Sou uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu
Uma ilha no meio do mundo
Tudo em volta é meu