Certos anseios me sobem correndo
E o piso é concreto feito de vento
Vento que dedilha as cordas do tempo
Doce sopro! Como somos?
Alguns dos anseios, eu não sei ao certo
Saem voando: nenhuma certeza
Se eu fosse ao vento de estranha beleza
Passa correndo, o homem tem pressa
A gente tem pressa
O que não tem fim, não arrepia me os pelos
E hoje com frio, pra quem ouve, eu confesso:
Nessa passarela entre eu e o incerto
Nessa passarela entre eu e o incerto
Certos anseios não atravessam
Certos anseios não atravessam não