Atrás de uma batida natural
Que arrebatasse num golpe
Um grande músico pop
Se ligou no galope
E pra fazer marchinhas de embalo
Comprou logo um cavalo
Cada vez que ele vem
Cada vez que ele vem
Pra dançar pra cantar
Pra pular e galopar
Ele chega bem perto
Ele dá um pinote
É de morte! É de morte! É de morte!
Ele chega enfeitado
Ele vem bonitão
Por que não? Por que não?
Por que não? Por que não?
Ele tem um olhar tristonho
Ele usa uma capa preta
Ele é muito melhor que o Elvis
Do que o Bill Halley e que os seus cometas
Ele vem bonitão, ele vem bonitão
Com medalhas, colares e um grande botão
E todos em seus cavalos
Esperando com o olhar atento
Ansiosos e convencidos
Que ele é cafona mas tem talento
Calma lá, calma lá
Calma lá, calma lá
O galope tem hora e não pode embolar
Um pulo mal dado de perna de pau
Pega mal, pega mal, pega mal, pega mal
Mas por que pega mal?
Mas por que pega mal?
Porque pega, porque pega
Porque pega, porque pega
É melhor esperar o sinal
Ele tem todo um ritual
Ele finge que não se abala
Mas de repente ele grita UAU!
Que legal, que legal
Que legal, que legal
O galope surpresa
É o galope ideal
É a marcha mais natural
É a marcha que é regulada
Pela batida do animal
Que legal, que legal
Que legal, que legal
É melhor que pular carnaval
É melhor que o som punk
É melhor que o som pop
É o galope, é o galope, é o galope
Depois de sacudir a cidade
Ele se manda pro campo
No Carnaval de São Paulo,
Entre as marchinhas de embalo
Em vez de repetirem o Grande Galo
Tocam a marcha do cavalo