Anda pela noite só
um capote errante, ai ai
e uma sombra negra cai, em redor
do homen no cais
Das ruas antigas vem
um cantar distante, ai ai
e ninguém das casas sai, por temor
de uns passos no cais
Se eu cair ao mar,
quem me salvará...
Que eu não tenho amigos,
quem é que será...
Aí a solidão,
que não anda só,
anda lá à vontade
mas de mim tem dó...
Cantar, sempre cantou
jamais esteve ausente, ai ai
e uma vela branca vai, por amor
largar pela noite