Êta, mulher radar, êta, mulher radar
Que mulher ruim, é ruim de aturar
Que mulher ruim, difícil de enganar
Quando solto a minha algema
E a sorte me encontra
Aparece a dona encrenca
Pra cortar a minha onda
Ela nunca sai de cima
Não me deixa respirar
O radar é importado
E me acha em qualquer lugar
Já risquei da minha agenda
A Paulinha e a Joana
Eu que sempre fui do ramo
Tô até perdendo a manha
A delícia da minha vizinha
Já não cai mais na minha mão
O radar enxerga tudo
E derruba qualquer avião
No pagode do Arlindo
Já não passo nem na porta
Como é que desse jeito
Vai chover na minha horta
Eu que já fui consagrado
No batuque e na viola
Tô perdendo meu espaço
Com o radar na minha cola
Se for no banheiro tem que avisar
Eu não saio de casa sem o celular
Até meu orkut ela foi vasculhar
Já sabe de cor o endereço do bar
Já pôs até a sogra pra me vigiar
Já foi na macumba pro santo ajudar