A alma de um violeiro
É quando entoa pela madrugada
Um dedo de prosa com a sua amada
E um ponteio de viola
A vida de um violeiro
Viola nas costas, vai pegando a estrada
Sem saber ao certo o ponto de chegada
Só um ponteio de viola
Violeiro só, sem a viola
Ponto sem nó
Viola na mão de um violeiro
Sem solidão
O sonho de um violeiro
É beira de rio, cigarro de palha
Picotando o fumo, e um fio da navalha
Num peixe fisgado na hora
A mágoa de um violeiro
É quando a cabocla vai pra outras bandas
Sabe Deus onde ela anda
E assim um violeiro chora