Como será que eu posso descobrir
O que esta para alem do horizonte
Aquela linha que de mim se esconde
Que não me deixa ver através dela
Como será o horizonte
I o que por detrás dele se esconde
A minha visão é comum à de tantas pessoas
A curiosidade que ele desperta em mim
Dá-me a vontade e a coragem de tentar chegar ao fim
Sem nunca desistir
Não me irei persuadir
E ao mesmo tempo o olhar cola-se na lua
E no que será aquela bola branca por vezes amarela
Fico angustiado só de pensar nela
Serão ilusões da natureza
É ela que controla a minha destreza e percepção
Do que eu vejo então
Gostaria de saber o que eu sou dentro de mim
Qual a razão de viver
Porque que temos que sofrer
Para no último fôlego no último suspirar
A vida se desvanecer e por fim acabar
Fará isto sentido
Eu vivo num mundo perdido
Onde a incerteza em mim não é estranha
Percepção em mim e necessária
Assim como a compreensão
Viverei eu para sempre na escuridão fria e solitária
No fundo será isto tudo uma ilusão
Ou apenas um sonho verdadeiramente próximo do real
Nada é como eu pensava
Desiludi-me com muitas pessoas que amava
Será que alguém me ama
Poderá existir alguém que me ame
Existirá alguém que chore pelo meu nome?
Sinto que o mundo não presta
Chapada na testa e não consigo ter a percepção
Sinto que estou a sonhar
Sonho que se desenrola e se descontrola
Motiva uma certa combinação
Entre a realidade e a ficção
Horizonte que eu quero sentir
Quando não conseguir ver
Chorar rir transmitir, no fundo demonstrar aquilo que estou a sentir