Rosa Lobato Faria Carlos Manuel Proença
Na pele, na alma e fundo nas entraáas / Marcou-me a vida com as suas garras / E deixou-me à mercê das suas
manhas / Com mordaças algemas e amarras / Com erros e acertos e verdade / E lágrimas e risos e cantigas / Fui
provando o sabor da liberdade / Contrapondo poemas a intrigas / Porque a alma era branca em seus matizes / Porque
a pele era branda em seu veludo / Guardei como trofeus as cicatrizes / De pôr as mãos em lama em fogo em tudo /
Teus beijos a molhar cada rasgão / Ao menos que refresquem seus sinais: / As marcas da que fui 'inda lá estão / Mas
cicatrizam bem,não sofro mais.