Manuela de Freitas Alberto Correia
Amamos e perdemos, sem saber / Se o que amamos merece tanta dor / Ou se amar é apenas aprender / Que perder é
uma das formas do amor / Morremos para os mortos que nos matam / Vivemos a tentar ressuscitar / E aprendemos
nas mãos que se desatam / Que permanecer não quer dizer ficar / Já sabemos, em tudo que tentamos / Que não
sabemos de amor senão tentar / E aprendemos que quando desprezamos / Estamos apenas a renunciar / Entre tanta
tentativa e tentação / Cegos de luz e cheios de pavor / Só nos resta tomar a decisão: / A morta rápida ou o longo
amor!