Da janela do meu quarto eu vejo
Árvores que dançam com o vento
Da janela do meu quarto eu também vejo
Arquiteturas que o Sol bloqueiam
Da janela do meu quarto eu ouço
Pássaros que cantam em meio a esse alvoroço
Da janela do meu quarto eu também ouço
Gritos de socorro de quem pensa estar no topo
Olhando pra fora eu vejo a vida passar
Vejo que já aprendemos a voar e a nadar
Somos seres humanos imitando a natureza
Pena nos faltar a sua pureza
Buscando a evolução sem medir as consequências
Somos prisioneiros de uma mente doente
Olhando pra fora eu vejo a noite chegar
Mas a luz que reflete não é a do luar
Causando confusão a espécies indefesas
Nos proporcionando uma falsa clareza
Fecho os meus olhos é hora de dormir
Foi-se mais um dia de reflexão sem fim