Maria cheia de raça
Não teve de graça o que recebeu
Quando alguém é um rio que gera um oceano
Não há nenhum tirano que arranque o que é seu
Um ventre quando se transforma em um santuário
É revolucionário ao meu modo de ver
Ninguém vai do parto ao santo sudário
Sem saber porque
Tem que ter a luz da humildade
Cumplicidade, amor e revelia
Ninguém se torna mãe da cristandade
Sem a santa ousadia
Olhos que velaram pelo sono de Adonai
Clareai o mundo, mãe, iluminai
Cada vez que um de nós se vê tentado
Pela insana covardia
Divina mãe
Estrela luminosa que perpetuou Belém
Guerreira mãe
Nos dias de trevas nas ruas de Jerusalém
Olhai por nós
Nas horas de tristezas, nos momentos de aflição
E derramai
A poderosa força de vontade em nosso coração