Neve quente
Bolinhas brancas de isopor
Como nos dentes da boca morta do vovô
Vamos no banco de trás sem cinto protetor
Contando as estrelas
Comendo bolacha
Corante amarelo, corante amarelo!
Sua mochila chutada pelo corredor
Junto do tênis do amigo feio que sobrou
Voltam para casa num raio de televisor
Cheios de partes articuladas
Que quebram tão fácil!
Quebram tão fácil!
Tempo é fermento dentro do copo de sabão
Cheio de bolhas guardadas para outra ocasião