O sol não quer vir,
Sobre a cidade encoberta.
Que dorme um sono de olhos alertas.
Alguns dão-se as mão de medo
Sonhando seus segredos.
Outros descansam
Sem desejos.
Dorme a multidão
O céu ainda sem sol,
Abre um portal
Soltando um milhão de sonhos vãos.
O triste vigia faz seresta,
Cantando melodia tola
Sonha acordado e dança.
Um trabalha outro descansa,
E a bruta cidade avança.
No escuro da noite, na luz fraca, mal dá pra ver
Que à noite os sonhos se unem todos de uma vez.?
Dançam, se misturam e se atam num nó sem fim.
Depois vem o sol
Tudo é claro amanhece mas sempre
é hora pra se sonhar
A noite se vai,
Vida de luzes
Mil disfarces
E os sonhos vivendo em todo lugar
Sonhar e sonhar
Noite ou dia
Eis a sina
Viver a vida sem acordar