Nada errado nada certo
Isso pode ser o deserto
Nada claro nem escuro
O avesso do inverso
Pode ser o pulso ao contrário
Uma morte viva
A veia por onde foge
A verve da poesia
Quando tanta ansiedade
Vira calma assusta
Quando calma sai da rotina
E vira fogo que aquieta
Mas quando tudo fica
Exatamente parado
Como sempre esteve e nunca foi
Um frenesi congelado
Estática agitação
Que sente imensa dor e prazer
Mas não consegue saber
A diferença