Motorista, siga aquela lua!
Aquela placa, aquela seta, aquela rua
Pois a minha sorte não vai certa como a sua
Mas atravessa esse beco e continua
Motorista, siga aquela moça
Corpo de seda, coração de louça
Abaixe o rádio pra que ela me ouça
E guarde os meus sonhos em sua bolsa
Eu sei que essa vida contém
Cenas de perplexidade
Esse filme, pensando bem
É improviso pra qualquer idade
Na esquina me dê dois minutos
Pra roubar a ela beijos curtos
Que o amor derruba viadutos
E vai e vem com seus modos brutos
Agora, siga, pegue aquela pista!
Não vou voltar, ainda tendo em vista
Que a confusão humana se tornou ilícita
Chora, se emociona e posa pra revista
Olha, artista, é depois da reta
Até depois de ter sua missão completa
Depois de ver que não houve meta
Que a felicidade é deus que soletra