Até quando há de sustentar
O insustentável?
Até quando há de se admitir
O inadmissível?
Não deixei nem vou deixar
De fazer o impossível
Para que a felicidade seja crível
E o que tiver que cair que caia
O que tiver que sair que saia
O que tiver que surgir que surja
O que tiver que fugir que fuja
E o que tiver que cair que caia
O que tiver que sair que saia
O que tiver que dizer que se diga
O que tiver que seguir que siga
Até quando há de se suportar
O insuportável?
Até quando há de se permitir
O impermissível?
Não deixei nem vou deixar
De andar na estrada invisível
Para que a voz do silêncio seja audível