Grajaú 011, no bosque das ilusões
Onde nasci e me criei é um vale de sensações
Misteriosas, nunca se sabe o que acontece
Uma moto com um garupa, na rua é só sobe e desce
Não cumpriu com a palavra é vala, barulho, pipoco
Na bica os moleque (cheira) strike, broche de ouro
Lá se vai mais um do povo, fugindo desse tormento
E eu só querendo saber o porque de tanto sofrimento
A quebrada sempre esteve em alta
Vocês que não dão atenção
Vivem na ilusão de que quem tá mídia é melhor
Mas pra nós basta só um empurrão
É quente
A gente faz um som pra quebra
E a quebra não ouve a gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Atrás da gente
Prossigo na cena com os dois pé na porta, cê nota a revolta em nossa vivência
Meu chapa eu vejo o que eles não vêem, só pra não ser refém da minha consciência
Minhas linhas são fruto do mais puro ódio, eu não me importo com a concorrência
Você não entendeu que a minha Ascensão não interfere em nada na sua decadência?
É fato nossa competência, o jogo descarta quem não se destaca
Fiz das minhas trevas minha própria casa
Dias escuros cobraram mais raiva
Não sinto sua falta, dispenso a mágoa
De onde eu venho se morre ou cê mata
Rumo ao topo, meus sonhos mo mapa
Não veneramos sua ideia falsa
A vida te esmaga num passe de magica, anulo sua farsa, amor é o principal motivo da causa
Minha fé é refúgio nos tempos de crise, mas não me camuflo nos tempos de caça
Em tempos de guerra me mantive em alta, escravo dos versos sem tempo pra pausa
Inimigos fracos não causam ameaça, causamos estresse nos chamem de A Praga
É quente
A gente faz um som pra quebra
E a quebra não ouve a gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Atrás da gente
Voltando pro Graja, salve minha quebrada
Subindo a avenida, a Belmira vazia
Estouro de caixas se ouve de casa
Na volta do show, era a noite mais fria
Era dia de chuva, uma blusa, bermuda e o CAP na nuca
Meu truta não mosca mas também não embaça
Minha paz é ouvir o silêncio da rua
Madame atravessa se passo na praça
Calma senhora, só foi mais um dia
Fadiga e sono estampado na cara
Consequência de outra missão sucedida
Lembro de quando menor
Peão na viela, da laje era pipa
E vista da favela
Fizeram da infância uma merda
Status e fama
Geração moderna
E quem governa não sabe o que faz
Cabeça pequena pra pensar nos outros
Conforme aumenta o salário do povo o imposto te fode, te cobra em dobro
Foda!
Sofro de desgosto, e nesse esgoto poucos que salvam
Nada é recíproco se não há compaixão
Amor e honestidade, elementos que faltam
Dias de chuva ainda virão pra limpar tudo isso
Mas se chover por aqui nessas ruas os bueiros se entopem de lixo
Sinceridade a base de álcool
Irônico igual Dead Pool
Se hoje é choro igual clima fechado
Amanhã alegria, tipo céu azul
A quebrada sempre esteve em alta
Vocês que não dão atenção
Vivem na ilusão de que quem tá mídia é melhor
Mas pra nós basta só um empurrão
É quente
A gente faz um som pra quebra
E a quebra não ouve a gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Quando o jogo virar
Não quero gente atrás da gente
Atrás da gente