O corpo ferve e falha-me a razão
O teu peito borboleta a latejar na minha mão
Não é do frio, é um arrepio a calibrar
O ritmo alucinado da pressão ventricular
Palavras leva-as o vento
E o vento nasce dentro de mim
Não me peças para falar
Que a boca sabe o que carece de atenção
Não tenho nada para te dar
Mais que a matéria necessária à combustão
Eu finjo entrar nesse teu lar de solidão
Se tu me prometeres que vais fingir nunca ficar
Que eu sou do vício, um artifício ao coração
E um coração assim não tem lugar
Palavras leva-as o vento
E o vento nasce dentro de mim
Não me peças para falar
Que a boca sabe o que carece de atenção
Não tenho nada para te dar
Mais que a matéria necessária à combustão
Não me peças para falar
Que a boca sabe o que carece de atenção
Não tenho nada para te dar
Mais que a matéria necessária à combustão