Do nada, eu vou à balada
Que é abalada, é impregnada
Não empregue nada
Nem espere que te cures
Na fuzarca de nowhere, na balada de nenhures
Quem vai querer, quem é que quer?
Balada do nada, fuzarca de nowhere
Sem compromisso, a não ser consigo
Esforço, não meço, eu consigo
Sigo o cruzeiro, sozinho no crowd
Possibilidades de balde
E de bandeja, ora veja
Cabeças e corpos, copos e breja
A vida é balada, sempre de virote
Em busca de um inabalável mote
Sem norte, sem sorte, também sem noção
Hoje a bússola navega pela emoção
Tantas substâncias me dão esperança
De um novo dia que nunca se alcança
Não dorme e quer mais e quer mais
Primeiro tiro, saída do cais
Do nada, eu vou à balada
Que é abalada, é impregnada
Não empregue nada
Nem espere que te cures
Na fuzarca de nowhere, na balada de nenhures
Aspirações, cruzando monções
Da calmaria à tormenta, Camões
Não descreveria tais situações
De derrotas que partem de convicções
Que caem por terra, vão por água abaixo
Lá vem novamente, eu despacho
O papo comédia no qual não me encaixo
Faço o meu roteiro, pois não sou capacho
Só estou sujeito ou submetido
A situações que eu tenha escolhido
Arrependido, eu aguento sozinho
Na cabeça a ressaca como um porco espinho
E ela só cura com outra por cima
Parece mentira, mas esse é o clima
A balada abalada, toda corrompida
E essa fuzarca é minha vida
Do nada, eu vou à balada
Que é abalada, é impregnada
Não empregue nada
Nem espere que te cures
Na fuzarca de nowhere, na balada de nenhures
Me prove o contrário, suicídio lento, legistas a postos
Subterfúgio, the walking dead, já estamos mortos
No propósito de curtir, excessos são cometidos
Comedidos não somos, enchemos a lata e somos vencidos
Nos posicionamos como vencedores, senhores do próprio destino
Portando uma granada sem pino
Entoando os hinos e fazendo da vida uma ameaça
Desde as Grandes Navegações carregamos um vício: a trapaça