No quintal dos europeus foi que o lixo floresceu
Velho sangue misturado cabelo loiro enrolado
Quinhentos anos de cultura de massa miscigenada
Brigando a todo dia por um bilhete de entrada
De barraco pra mansão tem muita coisa errada
No cair da madrugada jogados numa calçada
Uns de terno e de gravata tomam conta da razão
Tirando dos extratos sua própria comissão
Cidade violência, samba imaginação ( Bis )
Os meninos da escola esperam o toque do sinal
O colégio tem sirene mais parece uma prisão
Na hora do recreio saem todos apressados
Por um prato de macarrão oferecido pelo Estado
Playboyzada zona sul pega um papel por ali
Por um tanto de ração eles convivem entre si
Eu vejo o ódio nos olhos da meninada
Quando vê a cachorrada subir o morro de carrão
É o poder de grandes grupos contra os pobres pequenos
Que jogam seus trocados e cada vez tem menos
Sonhando com o carrão e com a televisão
Vão fazendo um troco levantando o barracão
Na horário da novela todos os homens são iguais
Nivelados bem por baixo sem cultura e educação
Sem falar na putaria roubalheira escancarada
Pobreza de diálogo e falta de informação
Cidade violência,samba imaginação ( Bis )
Foi,foi,foi pego com a camisa do flamengo e botado na linha do gol
Todos sabem quanto custa uma geral
Porrada de fardado no cordão de isolamento
Milionário, favelado, playboyzinho, viciado,
rastafari, taxista, um doisinho indiciado
Na meio do tumulto todo mundo é igual,igual,igual,igual de pensamento....
Cidade violência, samba imaginação... ( Bis )