Imagina um céu, branco de azul
Um luz quieta, um pouco de sul
Um homem parado, segura o contil
Parece cansado, assim visto de perfil
Uma sombra pequena, uma longa jornada
Parece à procura, mas nao acha nada
Nao ha uma casa sem uma parede
E a agua que bebe, nao lhe mata a sede
Aquela sede
A sua sede
E ele onde esta
De onde vira
Por quem perguntara
Amanha sabera
Ele onde esta
De onde vira
Amanha matara
Eu espreito à janela, por traz da vidraca
E vejo o sujeito, no meio da praca
Nao ha um homem, sem o seu segredo
Verdade escondida, a mae do seu medo
Aquele medo
É o seu segredo
E ele onde esta
De onde vira
Por quem perguntara
Amanha sabera
Ele onde esta
De onde vira
Amanha matara
Imagina um céu, negro de perigo
Desperta terror, ver o desconhecido
Desconfia dele, mas faz a viagem
Se nao tens abrigo, que tenhas coragem