O que se vê em mim
Não é o todo:
Escondo gestos.
O que se sabe de mim
(ainda) não é tudo:
Escondo datas
Metade que nem eu mesmo sei
Mais corrói do que vive e cresce:
E silenciosamente é uma doença
(e não me esquece).
Convivo como caça e caçador
Dentro de mim:
Uma hora me acho
A outra não me aceita
E sou metade do rosto desenhada
A outra metade desfeita.